ThaiS T.O

Pacientes institucionalizados podem apresentar uma dificuldade ou incapacidade temporária ou crônica de desempenhar papéis e ocupações, relacionamentos sociais, perda da autonomia e organização do cotidiano, que podem ser ocasionados pelo contexto asilar ou também pelas conseqüências que cada transtorno desencadeia no indivíduo. E.P.M, 36 anos, institucionalizada a 1 mês e 11 dias, em sua segunda internação, história de acompanhamento em CAPS e risco eminente de suicídio, apresentando como Hipótese Diagnóstica Psicose Não Especificada. Uma das principais características num indivíduo com esse distúrbio é a desconexão com a realidade, que se revela em alucinações, delírios, e comportamento inadequado. Pode causar falhas no desempenho de papéis, na comunicação, no autocontrole, dentre outros. A terapia Ocupacional tem por objetivo ajudar a introduzir o paciente psicótico na sociedade, ajudando a reconstruir sua identidade. Estimula o indivíduo através de trabalhos de reintrodução à realidade e a buscar uma recolocação em atividades laborativas, que possam lhe viabilizar a subsistência. Desenvolveu-se um processo terapêutico introduzindo o método humanista como facilitador durante as intervenções, oferecendo oportunidades e capacitando a paciente a explorar seus pensamentos e sentimentos. Foi proposto pela Terapia Ocupacional promover auto-cuidado e aumento da auto-estima, propiciar interação social e possibilitar construção de projetos de vida. Os objetivos do plano de tratamento foram alcançados com sucesso. A paciente foi bastante cooperativa, onde demonstrava interesse e satisfação com o processo terapêutico e os resultados alcançados por ela. Foi possível perceber a melhora do humor e interação da paciente para com os outros internos, a elevação da sua confiança para com as terapeutas e o interesse em dar continuidade às atividades e projetos iniciados nas intervenções. Recebeu alta hospitalar um dia após o término dos atendimentos.(Autores: Helaine Gabriela de Sá bezerra Santana, Thaís Ribeiro Valença, José Naum de Mesquita Chagas, Luzimara de Fátima André dos Santos e Daniele Claudino)