O envelhecimento populacional crescente e rápido provoca a transformação da velhice em uma questão social, entendida como um fenômeno que se relaciona com os demais setores e estruturas da sociedade. Com Idosos institucionalizados, as interações sociais estão empobrecidas em seu cotidiano, o cuidado à saúde não ocorre de forma autônoma e a presença das questões culturais como o lazer é algo pouco evidente nestes locais, ocorrendo apenas de forma provocada quando a equipe é sensível à essa necessidade. As questões que caracterizam o envelhecimento como uma fase de perdas, solidão e dependência estão presentes com maior intensidade entre os idosos que vivem na instituição asilar. Este trabalho compartilha experiência vivenciada por um período de seis meses, na Santa Casa de Misericórdia do Recife, com a idosa J.F, 73 anos, institucionalizada a 4 anos, onde foi identificado que a mesma tinha como problemas principais o déficit de memória moderado, postura inadequada (cifótica) pelo próprio processo de envelhecimento e pela falta de atenção doada a ela e dela para consigo mesma, afetividade e “nada para fazer” (não realiza atividades de lazer e nenhum outro tipo). Isto resultava em várias complicações físicas, psíquicas e sociais, gerando falta de motivação, desinteresse e isolamento social. Desenvolveu-se um processo terapêutico durante a disciplina de Saúde do Idoso nesta instituição, sendo proposto pela Terapia Ocupacional a estimulação da memória, orientação e reeducação postural através de Cinesioatividades realizadas com a idosa e passeios terapêuticos em contextos diferentes dos habituais, favorecendo a mudança de rotina, interação social e lazer, permitindo que a idosa se sentisse valorizada com melhoria da auto-estima, substituindo o ócio pelo prazer, favorecendo como um todo a qualidade de vida da idosa. (Autores: Thaís Ribeiro Valença, Helaine Gabriela de Sá Bezerra Santana, José Naum de Mesquita Chagas, Maria Janaína Ribeiro Marinheiro e Renata Maria Silva Alves)
Parabéns Thais!