Segundo Pichon-Reviére grupo são pessoas que se reúnem com necessidades semelhantes para realização de uma tarefa específica. Porém “mesmo tendo um objetivo mútuo, cada participante é diferente. Tem sua identidade”. Utilizando-se a técnica do grupo operativo terapêutico, também fundamentado por Pichon-Reviére, adaptado à realidade hospitalar de forma a não gerar dependência dos participantes ao grupo, propôs-se a composição de um grupo por pessoas portadoras de uma mesma categoria de necessidades. O terapeuta ocupacional enquanto interventor grupal num hospital irá utilizar atividades selecionadas adequadamente à necessidade apresentada pelo grupo para promover melhora de alguma situação patológica do indivíduo, quer seja estritamente no plano da saúde orgânica, quer no psiquismo, ou em ambos ao mesmo tempo, propiciando uma troca de experiências e um ambiente de ajuda mútua entre os participantes. A formação dos grupos no ambiente hospitalar tem como proposta a otimização do tempo e do espaço físico, dos recursos financeiros e humanos, visando maior produtividade no acompanhamento terapêutico. Embasado em experiência vivenciada em hospital filantrópico, da rede complementar do SUS, sobre a necessidade de atenção a uma demanda crescente percebida em acompanhantes de pacientes internados a mais de oito dias em unidade infantil, sobre a internação prolongada e desinformação da doença, mudanças de rotina e obrigatoriedade da presença permanente de um acompanhante no hospital, dificuldades de lidar com o afastamento do lar e dos demais filhos/obrigações, medos e ansiedade. O grupo foi instituído e organizado para acontecer uma vez por semana com demanda espontânea, e guiado por profissionais e estagiários deste hospital, conseguindo elucidar e aliviar muitas das queixas trazidas à discussão, proporcionando melhora pontual dos diversos sintomas negativos apresentados pelos seus participantes. (Autores: Amanda Maria Tavares dos Santos, June Elen dos Santos Ivo, José Naum de Mesquita Chagas e Monique Nogueira Galvão)
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